Caro eu do futuro,
Aproximadamente seis meses à partir de agora.
Não tenho a menor noção de como as coisas estão seguindo, de como você está (e eu espero que esteja bem), se a dificuldade das coisas aumentou, se você está saudável, se está feliz ou se sequer está vivo. (O que ambos esperamos que sim e que permaneça desta forma.)
Apesar de não saber em nada do que nos espera pela frente, deixarei aqui algumas anotações do passado, preocupações que espero que já tenham sido sanadas, e por fim expectativas para o que vem pela frente.
Estamos no segundo ano do médio, na data que escrevo esta carta, e há um ano e meio namorando com a garota mais amável, meiga e gentil que podíamos sonhar (e assim vai permanecer seu canalha).
Faltam exatos 14 dias pro teste de seleção, e puxa, que medo. Este teste me assusta como um todo, é um grande salto, um salto que temo a queda, mas sonho com o outro lado, sabendo que se alcançarmos a beirada… Tudo muda, num piscar de olhos.
Cidade nova, escola nova, amigos novos. Mas com coisas que irão, e devem, perdurar, afinal tudo é mutável, mas nosso amor por Anna? Inesgotável. Não ouse ferir aquela mulher. Não ouse.
Eu genuinamente desejo ser admitido ao Farias Brito, e profundamente anseio pelo futuro brilhante que aquele local poderia me proporcionar, e mais ainda, a conquistar estes sonhos com nossos fiéis aliados Gustavo e Raul. Eu estou me esforçando muito. Como sabe, ou se lembra. E a cada conteúdo novo que me dedico a dominar o mais rápido porém validamente possível para absorver o conhecimento inserido, percebo que minha ignorância é transcendental, e que levará muito mais prática de que estou mal acostumado para estar nivelado para com o que vier pela frente. Mas como sabe, nós definitivamente podemos lidar com isso, não somos facilmente abaláveis, e com dedicação e determinação podemos alçar voos mais altos.
Tai (não recordo se e Tainara ou Taimara), nossa terapeuta (ou ex-terapeuta atualmente?) perguntou uma questão bem válida: “o que aconteceria se não desse certo?”, naquele momento em específico, vi que não sabia eu próprio o que aconteceria, mas, como um bom improvisador que sou (que somos), disse-lhe que o pior que aconteceria seria fazer um terceiro ano na pública e me dedicar mais ainda para mais olimpíadas e talvez, ao final do ano seguinte, tentar uma vez mais o teste, o que, na minha opinião humilde, não é lá mal plano.
Mudando um tanto o enfoco de nossa conversa, quero falar do “problema”, sim, é fato que estamos lidando com um vício, e eu tenho de fato um problema, estou me esforçando, para Anna, e por Anna, para me tornar uma melhor versão de mim, afinal, eu a amo, e quero que ela possa desfrutar da melhor face de mim, pois ela merece, eu mereço.
Sei que temos a capacidade para se libertar de tal atrocidade, e sermos assim uma pessoa melhor, se isso já não tiver sido resolvido até o prazo previsto para a entrega desta cara (6 meses), peço que não se culpe ou apresse, nós temos nosso próprio ritmo para chegarmos a um objetivo, devagar, paciente, chegamos ao topo da montanha, como várias outras que já subimos. (Mas quando há um empurrãozinho de um amigo, como Eduardo, o apoio e a força conjunta, as coisas ficam mais leves).
Espero que ainda tenha o mesmo amor, apreço e tempo por nosso jogo predileto, RPG, desejo saber como vão as mesas, como está indo Strahd, e se conseguiu finalmente terminar a Herança do Panteão. (Genuinamente não tenho o mesmo fervor para narrar aquela mesa, mas devo cumprir a promessa e finalizar ela, da melhor maneira possível, um descanso digno de um bom mestre, narrador e autor como eu).
Adoraria saber que personalidades encontrou ao futuro, se as mesas mudaram, se já acabaram, se tiveram o épico final planejado, ou terminaram em tragédia. Sabe o quanto amo este jogo. Sabe com certeza.
Escrevo isto tudo em uma madrugada silenciosa e vazia, meus olhos já estão cansados, embaçados e ardem um pouco, meu corpo está sonolento, então vamos ao ato final de uma vez.
Não sei o que nos aguarda, mas quero que saiba que acredito, e sempre acreditei em você, afinal, nosso passado nos apoia, e nosso futuro depende de nós.
Vejo você no amanhã amigo,
Com carinho, Eu.
Epilogue
1 day laterOlá, faz um tempo...
Bem, o que posso dizer? As coisas com fervente certeza não foram pelo caminho que você traçou velho amigo, então, irei lhe contar o que se...
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