Time Travelled — 12 months

Desculpe o transtorno, mas precisamos falar sobre você.

Nov 01, 2020 Nov 01, 2021

Epilogue

Peaceful right?

2020.11.01, Rio de Janeiro Não tão querida eu, Senta, pega um café com leite e relaxa que essa vai ser longa, vamos falar de trás para frente para diferenciar. Começando que faltam exatos dezesseis dias para que o Victor venha ao Rio, ansiosa é pouco! Me sinto agoniada visto que não sei lidar muito bem com coisas e pessoas novas, mas acredito que essa vai ser fácil o complicado mesmo é como será o depois. No entanto você já sabe o que veio depois, espero que não seja eu surtando e fugindo ou que tenhamos parado de nos falar por algum motivo, depois de quase quatro anos seria meio chato. Você sente muito, então vou começar pelo leve. Para de correr do que te faz bem por não saber lidar, entre e encare as coisas porque o negativo você já tem conformado dentro de você, então pega o sim e aproveite. Você se apega muito e fácil! Você provavelmente ainda deve está mentindo para você dizendo que vai resolver seu problema quanto a esse "medo", quando na verdade você devia só equilibrar. Se apegar as pessoas é normal e elas irem também, então deixa fluir. Vamos falar sobre a morte, vai que você entrou em crise de pânico de novo. Primeiro, para de ansiar a sua morte você sabe que é doidera sentir agonia e aflição quando acredita que não vai ter nada. Não vai ter nada mulher, você não vai ter essa sensação de que perdeu alguma coisa, de que não verá coisas, pessoas que lhe queriam bem sofrendo, o seu enterro... Essas coisas não são para ti e sim para quem vai ficar aqui. Você vai ser apenas um corpo vazio! No entanto, caso tenha entrado para alguma religião lembre-se: já que entrou busque ser fiel e firme. Do que adianta aceitar Jesus como seu criador e salvador se não busca a ele todos os dias? Então não pense em você com setenta anos e do nada não existindo mais nada porque isso não muda nada, e se por acaso você morrer sem saber e não existir Deus isso não vai importar, você não vai saber! Se já estiver trabalhando bem, talvez seja uma boa conversar com um psicólogo sobre aquele assédio, sério. Você hoje sonhou com ele querendo te matar por arruinar sua vida e querendo ou não isso sempre vai voltar do nada. Querendo ou não você vai ter um certo medo de dormir com pessoas, nervoso e desgosto delas te tocando às vezes e se pretende entrar em uma relação um dia isso seria bom de ser resolvido. Espero que não surte assim com o Victor. Ah, o Victor... O que dizer não é mesmo? Um lovezin gostoso eu diria, mas até quando? Você é surtada garota! Por mais que confie nele, sempre vai ter aquele momento que vai pensar: "mas será? Eu não estou doida não gente? Que isso ele vai embora, confia". Isso também tem que resolver, é aquele medo de abandono que mencionei ali em cima. Talvez isso seja causado pelo desapego da sua família. Minha mãe com vários namorados e sempre te usando como um estepe, mesmo que te lembre que sequer te queria e tentou te matar várias vezes; um pai que não consegue manter relações de afeto direito com as pessoas a sua volta; um irmão sempre fechado, que se importa mas não sabe demonstrar; uma irmã que é desapegada e de oito a oitenta igual você. Sejamos franca, isso tudo tem um pouco em você! Sinceramente se for te lembrar só dessa parte vai ficar maior do que espera. Banalidades, seu engajamento na tattoo está fluindo espero que tenha aproveitado bem. Se o Nicollas voltou a falar contigo, papo reto mano, manda ele ir se foder. Eu acho que deveria se abrir para sentir mais, ok?! E falar mais do que sente também! "Ah fulano, não gostei disso, to puta, papo reto sai da minha frente, foi isso e isso." ou "Ah cara, eu gosto de tu pra caramba, me sinto nervosa, mas aquele nervoso gostoso, gosto de te olhar e admirar. Quero tu para mim, como... Vamos tentar o bagui ou não carai? Tu me quer ou não, porra?". Eu sei que estou falando isso para você e como eu imagino quem você seja, você nem fez isso aí. Então começa agora essa merda. Mas me conta e o Covid? Anda desenhando muito? Ainda finge que um dia vai começar a fazer exercícios? Ainda fala que vai passar a acordar cedo para passar mais tempo com o pai? Ainda fala que vai conversar mais com ele? Anda saindo? E seu irmão? E a main como está? Já saiu desse rio de janeiro ou foi visitar outros lugares daqui? É com essas perguntas e essa carta horrível que me despeço hoje daqui um ano. Ps: Se por acaso o Victor ainda for curioso, você contar para ele e tiver que mostrar ou ele esteja lendo direto, a você/eu-do-passado que dizer algo. Eu nesse momento penso em namorar você e digo mais até morar quem sabe, mas esse aí é mais para frente ainda. Não é seu interesse por mim, mas como me vê e me trata. Sei que você não é muito de falar de você e eu não sou muito de perguntar, porém eu gosto muito de saber sobre você, quando você fala comigo por mais que eu não saiba o que dizer muitas das vezes ou tenha medo de dizer algo errado. Sinto que dificilmente irei encontrar outra pessoa assim e isso me faz recuar em muitas coisas. Eu ainda tenho um teste que provavelmente logo vai saber e eu não sei como reagi, no qual eu vejo se você me faz ter vontade de foder com frequência, pois isso diz muito. No começo eu não queria dormir contigo pois não queria misturar as coisas, sabe somos amigos e não quero sentir ciúmes quando ficar com outra pessoa porque ai eu vou ter um problema porquê eu não vou poder simplesmente falar como eu disse ali em cima, eu vou ter que guardar porque o que eu sinto é só problema meu e eu vou gostar de você independente do seu sentimento por mim. Gosto da sua mente e queria poder morar aí. Juro que às vezes acho que está me enganando e só brincando comigo, sabe, passando o tempo. Acho que prefiro ficar com as piores ideias para caso aconteça eu não fique tão triste. Bom, enquanto eu viver você vai ser lembrado por mim e se minhas artes forem eternizadas você também será. Obrigada por ainda está aqui me fazendo bem ou por ter passado pela minha vida. Espero que não tenha morrido, Você-do-passado.

Epilogue

about 3 years later

Uns 4 anos e 2 meses depois, aqui estou eu. Não mais no Rio de janeiro, desde que comecei a me enviar essas cartas, foi quando tudo aconteceu e...

Eunhmna ue óiratishs edlqsaau on ceevisr oãn fim. Mau hcoa adqnuo e asmi oogcim ofarm fiu fio euq rfoa etenm mmea,s nraices qiau, ad d,igo ed ahimn eadrit.
Ed trsá nvoo lá, ed eãtno tefern raap vosam. De emosn asfolam ,v 6 o oans foi snaso sima nos e sopdie ou oãn dreitoi escohla cneocnedoh não. ,émrop rerdaa sateva. Asm coearnm essu ear ituom om,b um no aer osspea euq cmo e iof a o alost ueq isruap ox,bai eineosrcsá ãon imf. Iaadn uqe farla nos deirtoca noã rpémo iasm b,ao omasspso repeos iad um de qeu. Hejo 1 noa 11 seesm ifo siam ed aum ahfil od etsom eaqsu sdproeae, que e ngeol. A advi msia haimn inald da e sricpoea socai. ,v sipo amsi tem o armo ela com són o que ritennaeecms terne nçoõdsiec é e. . . Esens cosa, qeu thnoe isso mrcarela fio sneapa o o v, e od uo lrafa ifo ãon que é.
Eu onã oimut, esomm pro e esdsas emrralb esm mrloearh siapse e ropmé uam spglóacio tricu ebquuis alaavpsr eu enrlemate aumdr. Moc me vonenovdel uo oedm me iaotce noist o lugéam e i,etsemtonn oencsdo eutso onã. Mmbaté roesb ogoincs e paanes cssioa mas crina,se teraid noã assf,cíi oaimesinoc rse. Aob mua mtoui sdio xpieeancêri etm. Tdoi ed isos e foi sois há cousseiqír equ oãn me diana artsur otdu dnotcuo, fza.
A e irligeoã etmor qoanut. . . Siumta andbmau é chcnoie amu da eosspas sta,ium e ãirigole ,alnid siéor. . . Rnaert es es mas taé quroe ed gola msisa eeilbpnoadsiadsr sei oãn mim, uo a oemsm é para. Jeas ogla, fmaor que eu me aiérs ergtunee arpa se pêorqu rntrae ueq e aemtrelen ed orf coah. O a inaose apel áj tmoer onã me tpeom um cdoioman.
Mua mif m,erda codiv fio resesdpoe mse mu e o ngiaao. Ofi gaaor ifo génimun eauqs es advi metettnola omrlan esantorh asm ltvora aanntusiget amrlbe uãoq ,opdeis a do. Vai os enesshod an vtloa catmninou ,emsma e. Maat eamhnun âccotiasnn aaind e isos em. Eses aaiaecdm anrret mi,s euq oinjf mu eosmm dnrieptae a me andia noa ueq dises xirtc!eera uov creomça em. Ásart iuf vê se olep soreb onmes de sebra. . . Toud siam sam icuof oipr cmo arafl âicsitadn a o pi,a eeanrltem tnteo. A ainda lee ida dcaa mias equ ipoar. Ãon eaottdn naziosh nhote sma iasr co,pou aism daani mu. Ontãe j,r od me ims, asm eitviis sia urlga agaor riitcuab, room maactsnibee só um. Spdioraderi onosv utosra ed easb eass assoted emsmsenpeitl merruo, ecnercoh dvtonae. . . ,ifmen é isos.

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